sábado, 4 de junho de 2011

Viva o Hoje...





Há dois dias, em todas as semanas, com os quais não devemos nos preocupar. Dois dias que deveriam ser mantidos livres do medo e da apreensão.
Um desses dias é o ontem. Com seus erros e ansiedades, suas falhas e bobagens, dores e sofrimento.
O ontem passou para sempre e está além do seu controle. Nem todo dinheiro do mundo poderá trazer de volta o ontem.
Não podemos desfazer um único ato que fizemos. Não podemos apagar uma única palavra que dissemos.
O ontem se foi.
O outro dia com o qual não devemos nos preocupar é o amanhã. Com suas próprias adversidades, suas cargas, suas grandes promessas. O amanhã esta além do nosso controle imediato.
Isso deixa apenas um dia para preocupação. O hoje. Qualquer um de nós pode lutar por ele. Não é a experiência do hoje que enlouquece alguém, mas sim o remorso ou a amargura por algo que aconteceu ontem e o receio do que o amanhã poderá trazer.
Portanto, viva não mais que um dia por vez.
Diga que somente por hoje serás feliz. Somente hoje serás agradável. Somente hoje falarás baixo, agitarás polidamente, não criticarás ninguém, não acharás erros em nada, nem tentarás melhorar alguém antes de melhorar a ti mesmo.
Somente por hoje terás um momento silencioso, sozinho, relaxarás e conversarás com aquele que está lá em cima.
Ontem é passado. O amanhã é um mistério. O hoje é uma dádiva. Por isso é chamado de presente!
Afinal, quem somos nós?
Quem somos nós que arvoramos juízes implacáveis quando avaliamos os outros e somos tão condescendentes com as nossas limitações, fraquezas e erros?
Quem somos nós que nos julgamos tão fortes quando temos de nos posicionar diante da sociedade em que vivemos, quando na verdade nem sequer temos coragem de enfrentar a nós mesmos, nossa consciência nossas verdades íntimas?
Quem somos nós que esperamos tanto pelo carinho, pelo afeto, pela compreensão. Que reclamamos tanto de falta de atenção, quando nunca nos preocupamos em compreender os outros, suas necessidades e carências?
Quem somos nós que compramos quase tudo, que negociamos os preços, que reclamamos dos custos, quando, na verdade, preferimos muito mais pagar a conquistar? Pagar a construir? Pagar a descobrir? Pagar a fazer? Quem somos nós que desejamos ser aceitos, respeitados e acreditados, mas que, quase nunca, confiamos, entendemos e verdadeiramente nos preocupamos com quem vivemos?
Quem somos nós que nos consideramos tão sábios e inteligentes, tão capazes e preparados, e não damos conta de orientar nossos amigos, familia e até seus filhos?
Quem somos nós que percebemos criativos e inovadores e vivemos praticando e defendendo os mesmos valores e tradição de uma época onde o conhecimento não era tão amplo e democrático?
Quem somos nós, construtores de teses brilhantes, mas que nem sempre sequer temos um plano pessoal consistente?
Quem somos nós que buscamos tanto evidenciar e melhora da aparência e não cuidamos quase nada do nosso eu interior? Que nos julgamos donos de tudo e nem propriedade da gente mesmo temos?
Quem somos nós que vivemos pedindo e reclamando e nunca nos lembramos de agradecer e aprecias as maravilhas que nos são constantemente proporcionadas?
Afinal quem somos nós? Nós, que podemos ser quase tudo e nos conformamos com quase nada?

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